O SINISTRO DA SAÚDE QUER VENDER NOSSO SUS

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Hoje, dia 25 de maio de 2016, o atual ministro da saúde, Ricardo Barros, mostra mais uma vez não conhecer o SUS. No site do portal saúde, onde podemos encontrar a agenda do ministro, está marcado para às 14:30 uma reunião com movimentos como o MBL que é claramente defensor da privatização do SUS e diz coisas como:

Para a saúde e para a educação, defendemos que escolas e hospitais sejam privatizados, e as pessoas que não têm condições de pagar por esse hospital ou escola privada, recebam vouchers ou vales do governo para escolher em que instituição deseja ser atendido. Há uma eficiência maior que em qualquer gestão pública, pois há o modelo de concorrência. O SUS é muito mais caro que o sistema de saúde privado, que funciona melhor.” (Kim Kataguiri, líder do MBL).

O Mov Vem Pra Rua também participará dessa reunião, esse movimento diz em alguns de seus manifestos ser defensor de uma educação e saúde pública, mas ao mesmo tempo fala que “País rico é aquele em que a liberdade econômica é estimulada e na qual o Estado não se agiganta, deixando ao empreendedorismo e à livre iniciativa a capacidade de gerar riquezas.” Sabemos muito bem que a iniciativa privada só quer um pouco de liberdade para atravancar os avanços do SUS. Saúde não é mercadoria e não iremos permitir que a tratem dessa forma.

Mas o absurdo não para por aí… o sinistro da saúde, é sinistro mesmo, porque esse cara não sabe o que é o SUS e demonstra claramente não saber nem o que saúde.  A prova disso é que nessa reunião estarão presentes o Conselho Federal de Medicina e outras entidades médicas altamente conservadoras, elitistas e corporativistas. Com isso o sinistro desconsidera a presença dos demais profissionais do SUS e fortalece o discurso de que só é possível promover saúde e cuidar da doença com o trabalho centrado no médico.

Para além do absurdo que são os participantes dessa reunião, a pauta em discussão demonstra descaradamente os ataques que estão por vir.

Ei, Ricardo Barros, a juventude vem aqui para dizer que não permitiremos retrocessos e que o SUS é feito não apenas de médicos e procedimentos de alta tecnologia, mas sim de uma gama enorme de profissionais e de povo que se faz presente nas instâncias de controle social garantidas por lei. Os conselhos de saúde foram vetados por Collor no passado, mas com resistência conseguiram sobreviver, e não vai ser agora que um sinistrinho como o senhor vai passar por cima de anos de luta em defesa do SUS e do povo brasileiro.

Resistiremos nas ruas, nas escolas, nas universidades, nas unidades básicas, nos hospitais e ocuparemos todo os espaços para denunciar tentativas como essa que comprovam o caráter golpista e antidemocrático desse governo provisório do corrupto e inimigo do povo, Michel Temer.

#ForaTemer