[Nota] A GREVE DE FOME NA UFPB E A LUTA PELA ASSISTÊNCIA ESTUDANTIL

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Há décadas que as/os estudantes da UFPB se organizam coletivamente por condições dignas para estudar. Moradia, alimentação, segurança, dentre tantas outras pautas, sempre instigaram a luta por direitos que são nossos.

Nos últimos anos, visualizamos algumas novidades. A principal delas é: mais gente entrou na Universidade. Ou seja, ocorreu uma ampliação do acesso ao ensino superior. Ao contrário de tempos anteriores, hoje é muito mais comum encontrar trabalhadores/as e filhos/as de trabalhadores/as na Universidade, um espaço que historicamente foi reservado às elites, aos donos do poder e do dinheiro.

No entanto, esse acesso não veio acompanhado das condições necessárias para assegurar a permanência desses e dessas estudantes. Pouquíssimas são as garantias de um direito que é nosso, conquistado pela luta de muitas gerações. Ano passado, por exemplo, tivemos um corte de bilhões de reais na educação. E isso interfere em nossas vidas.

Como se isso não bastasse, a situação dentro da UFPB é das piores. A administração de Margareth Diniz, do começo ao fim, está sendo marcada pela ausência de diálogo e pela falta de compromisso com os interesses reais dos/as estudantes, desde o mais básico: a alimentação. Nos últimos quatro anos, foram inúmeras as lutas por assistência estudantil: basta lembrar da luta pelo RU para todas/os, das ocupações e atividades na Reitoria contra os ataques aos nossos direitos, das mobilizações das Residências, dos campi dos interiores… e por aí vai. Não nos silenciamos em momento algum. Isso é um legado dos/as estudantes da UFPB.

Desde a última semana que presenciamos mais um importantíssimo momento dessa luta. Com muita ousadia e coragem, quatro estudantes iniciaram uma Greve de Fome, gerando um processo de mobilização em toda a Universidade, somado a uma Ocupação da Reitoria. Os principais pontos de pauta são: melhorias no Restaurante Universitário, Residência e Auxílio Moradia, Creche e Segurança. A situação está cada vez mais dramática e a Reitoria ainda não apresentou nenhuma proposta que contemple a pauta. E detalhe: a gestão do DCE, que deveria estar do nosso lado, está sendo cúmplice de Margareth nessa irresponsabilidade toda.

Mas, apesar disso, é com muita força, ânimo e disposição que as/os estudantes da UFPB enfrentam esse absurdo. Queremos conquistas! É direito nosso! Por uma assistência estudantil de verdade!

João Pessoa/PB, 02 de março de 2016.

Levante Popular da Juventude-PB