Ontem (26), aconteceu na sede do SINDISAN a Plenária Estadual do Plebiscito Popular por uma Constituinte Exclusiva e Soberana do Sistema Político. O Levante Popular da Juventude esteve presente e, em conjunto com outros movimentos sociais, sindicatos e cidadãos independentes, foram traçadas as próximas metas do comitê estadual do Plebiscito Popular para ampliar o debate da necessidade de uma constituinte soberana e exclusiva que represente o povo brasileiro. O espaço foi cheio, contando com cerca de 150 pessoas e além do debate rolou também muita música e alegria, não poderia ser diferente na luta popular.
No espaço foi possível perceber a visão de várias frentes diferentes de luta, ressaltando nas falas de cada organização presente a importância da reforma política. Ao olhar para junho e julho de 2013 lembramos de uma juventude que foi às ruas gritando a urgência por mudanças em vários setores (saúde, educação, transporte público) e a insatisfação com o sistema político atual que nos apontou para uma tarefa maior: modificar esse sistema político que temos hoje, o que dará suporte para o avanço de conquistas nestes e nos mais variados setores. É nesse contexto que a luta por uma nova constituinte surge, visando a necessidade de deixar para trás uma Constituição que até hoje carrega traços da Ditadura Militar Brasileira.
Em fevereiro desse ano ocorreu em São Cristóvão o I Curso de Formação de Formadores do Plebiscito Popular e de lá para cá o que se avalia é que o debate da luta pela Constituinte tem sido levado a vários lugares, se fortalecendo e gerando novos espaços de discussão a cada novo lugar que atinge. É só com uma mudança radical no sistema político que temos hoje que o povo conseguirá pautar suas demandas, deixando para trás uma cultura política que só abre espaço à participação popular através do voto, em período eleitoral.
A diversidade do povo brasileiro precisa refletir nas decisões políticas tomadas no país, mostrando que aqueles que hoje são categorizados de “minorias” – como a mulher, o jovem da periferia, o trabalhador do campo – são muito maiores e precisam ter sua face representada verdadeiramente. É preciso ressaltar também o papel fundamental da organização da juventude que historicamente protagonizou diversos ganhos ao ir às ruas.
O que fica é a necessidade do Plebiscito Popular e da luta pela Constituinte em ultrapassar os muros das centrais sindicais, movimentos sociais, universidades, escolas, associações; chegando assim a todo o povo, pois é dele que essa nova Constituinte deve ser. Daqui para a votação, que ocorrerá entre 1 e 7 de Setembro, terá muita luta e formação, fica então o compromisso em ampliar e massificar o debate, trazendo cada vez mais gente para os espaços, pois a luta é de todos nós.