Na tarde desta quarta-feira (04), jovens que acompanhavam a sessão no Plenário da Câmara dos Deputados em Brasília, lançaram em Eduardo Cunha milhares de “dólares” fictícios estampados com o rosto do deputado. O ato objetivou escancarar as acusações de corrupção passiva e lavagem de dinheiro contra o deputado peemedebista.
Na ação o Secretário-Geral da UNE e militante do Levante Popular da Juventude Thiago Ferreira e a militante do Levante, Carla Bueno foram detidos pela polícia legislativa, escutados e liberados logo depois.
Cunha é acusado de receber US$ 5 milhões, para facilitar o contrato de aluguel de navios-sonda entre a Petrobrás a empresa Sansung Heavy Industries. As denúncias fazem parte da operação Lava Jato e tiveram novas provas para endossar as acusações com o envio de documentos pelo Ministério Público da Suíça, onde guardava o dinheiro em contas secretas.
O mesmo movimento construiu em vários estados do Brasil uma série de ações nos últimos dias pedindo a saída de Eduardo Cunha do cargo que ocupa. Na manhã desta quarta-feira (04), doze capitais brasileiras amanheceram com faixas penduradas em pontes, viadutos, universidades e avenidas com o dizer “Fora Cunha”. Os estados do Ceará, Paraíba, Sergipe, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Mato Grosso, Amapá, Bahia, Rio Grande do Norte e o Distrito Federal se mobilizaram para a ação.
Na segunda-feira, dia 2, aproximadamente 400 jovens protestaram durante o feriado na porta da Residência Oficial da Câmara, onde Cunha mora.
Nos últimos meses mulheres, trabalhadores, crianças e adolescentes tiveram seus diretos afrontados por pelo menos quatro Projetos de Lei e Propostas de Emendas Constitucionais levados à votação no Congresso pela mesma aliança conservadora que ajudou a eleger o deputado peemedebista.
Organizações e movimentos sociais estão mobilizando a população dos estados brasileiros para tomarem às ruas no dia 13 deste mês contra os retrocessos anunciados nos últimos meses. As pautas reivindicadas estarão centradas na defesa da democracia, contra o golpismo, defesa dos direitos dos trabalhadores, contra os ajustes neoliberais na política econômica, em defesa das reformas estruturais e da Petrobras e no pedido de “Fora Cunha”.