por Igor Felippe, militante do MST
Vale ouvir com atenção cada frase e cada palavra do discurso da companheira Jessy Dayane , do Levante Popular da Juventude, ao defender o voto na chapa “Frente Brasil Popular – a unidade é a bandeira da esperança” no Congresso da UNE,
Foi a unidade na rua, na luta, na resistência ao golpe, na oposição às reformas, construída nos espaços da Frente Brasil Popular em todo o país, que criou as condições para essa chapa.
O movimento estudantil deve estar, sim, alinhado à composição de forças que se organiza na sociedade para enfrentar as contradições centrais da luta política.
Quem defende a existência de uma dinâmica totalmente específica da disputa entre os estudantes é porque está alheio ou não tem inserção real na classe trabalhadora.
O nosso campo aposta na Frente Brasil Popular para enfrentar o golpe em curso, a ofensiva neoliberal, a retirada de direitos dos trabalhadores e, especialmente, o fechamento das janelas democráticas que ameaça todas as forças populares.
Apostamos também que, nesse processo político pedagógico de massas, será retomada a perspectiva estratégica no seio das organizações mais representativas do povo brasileiro.
O Levante tem compromisso com a luta por mudanças na condução da UNE e pela desburocratização da entidade. E vai perseguir esses objetivos até que sejam alcançados.
Colocar no centro da luta política questões secundárias é funcional para o “disputismo”, o purismo, o dogmatismo e o vanguardismo, que não ajudam em nada para cumprirmos as nossas tarefas históricas.
A centralidade do nosso campo político é fazer a luta de classes e, para isso, nos cabe fortalecer a unidade das forças que compõem a Frente Brasil Popular para:
1- Consolidar a unidade política entre movimentos populares da cidade e do campo, centrais sindicais, organizações de juventude, estudantes e partidos.
2- Preservar o acúmulo social, político e organizativo do ciclo histórico de esquerda forjado a partir da década de 80, inclusive a memória dos avanços conquistados durante os governos do presidente Lula, que deixou uma marca tão forte no povo brasileiro que a direita não consegue destruir.
3- Contribuir com o processo de reorganização da esquerda, evitando dispersão, oportunismos e sectarismos daqueles que se colocam como o novo que nasce de geração espontânea sem passado.
4- Desburocratizar a UNE, que deve ser conduzida de forma mais aberta e democrática, com a construção de um novo método, que busque um consenso mais amplo, que possa dinamizar a ação nas universidade e fazer com que todos os estudantes se sintam parte.
Viva o Levante Popular da Juventude, que cresce e se consolida como o movimento que mais avança entre os estudantes brasileiros!