Depois de não reconhecer a legítima e constitucional posse do presidente reeleito Nicolás Maduro, no último dia 10 de janeiro, um desrespeito a própria constituição; a oposição golpista quer empurrar, goela abaixo da maioria do povo venezuelano, Juan Guidó como “presidente em exercício” da Venezuela.
Não é de hoje que o povo e o governo da Venezuela enfrentam as ingerências externas dos EUA e de suas oligarquias. Seja através da Guerra Econômica ou da Guerra Midiática, o país vive uma constante disputa ideológica, que manipula informações, distorce os fatos e faz de tudo para vender a imagem de que o governo vigente não respeita a democracia e as liberdades. Nos últimos dias esse conflito se intensificou, com aval e apoio da Casa Branca, OEA e os demais governos capachos dos interesses estadunidense, há uma tentativa de deslegitimação do processo eleitoral venezuelano.
Apesar disso, a confiança da grande maioria do povo venezuelano em seu profundo processo de transformação iniciado há 20 anos, com a vitória eleitoral do comandante Hugo Chávez Frias, permanece firme. Cabe lembrar que nos últimos 20 anos realizaram-se 23 eleições, referendos e plebiscitos, que colocaram nas mãos do povo a decisão sobre os rumos do país. É isso que a elite de lá, acostumadas a decidir tudo sem participação popular, não aceitam.
Se de um lado o governo chavista coloca o poder de escolha nas mãos do povo; do outro, a elite visualiza essas mudanças como uma ameaça à manutenção de seus privilégios, sustentados pela submissão aos interesses dos grandes oligopólios e da Casa Branca. Nesse quadro se encontram os governos do chamado grupo de Lima, que nada mais é do que a união dos governos subservientes aos interesses dos EUA na Venezuela.
Ainda que, ao atacar à revolução bolivariana, a direita e os EUA tentem promover um golpe contra o governo, a resistência aos ataques constantes do imperialismo educou esse bravo povo para sobreviver as mais graves adversidades. Daqui do Brasil, temos muito a aprender com o povo venezuelano, mais que isso: não podemos vacilar no apoio e na defesa da soberania nacional e da autodeterminação destes. Por isso, reafirmamos que o povo da Venezuela deve ser respeitado em sua escolha por um modelo democrático inclusivo e participativo; assim como na escolha destes ao eleger Nicolás Maduro enquanto presidente constitucional.
24 de janeiro de 2019
Levante Popular da Juventude