A jovem democracia brasileira sofreu um golpe operado pelos setores empresariais, setores midiáticos e pelo Congresso Nacional. Essa iniciativa teve como articular o réu da “Operação Lava Jato”, Eduardo Cunha, ex. deputado pelo PMDB/RJ e pelo vice-presidente Michel Temer (PMDB).
No primeiro dia enquanto presidente interino, Michel Temer mostrou a que veio. O fim do “Ministério da Cultura”, do “Ministério do Desenvolvimento Agrário” e do “Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos” representa um retrocesso aos sujeitos que historicamente estiveram alijados das políticas públicas. O fim destes ministérios representa o avanço do conservadorismo, que não aceita o mínimo de espaço para a cultura, a reforma agrária, os direitos das mulheres, das pessoas negras, das pessoas LGBT’s e dos direitos humanos. A composição ministerial de Temer sequer tem mulheres e pessoas negras, reafirmando o caráter machista e racista da política operada por este golpista.
Num contexto onde a crise política e econômica é o solo fértil para o avanço do conservadorismo os direitos das pessoas LGBT’s estão profundamente ameaçados. Nos últimos anos as pessoas LGBT’s foram alvo de políticas públicas que visam garantir a cidadania e o combate à violência. A criação do Conselho Nacional de Combate à Discriminação de LGBT (CNCD/LGBT), a realização de Conferências Nacionais de Políticas Públicas para LGBT e o Programa Brasil Sem Homofobia são experiências exitosas, embora ainda insuficientes para a dignidade da população LGBT, que sofria um histórico de invisibilidade e estereótipos.
No mês de abril deste ano, aconteceu em Brasília a etapa nacional da 3ª Conferência de Políticas Públicas de Direitos Humanos de LGBT, com o seguinte tema: “Por um Brasil que criminalize a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais”. Na oportunidade o governo federal apresentou o “Sistema Nacional de Promoção dos Direitos Humanos e Enfrentamento à Violência contra a População LGBT” que visa articular uma série de políticas publicas (educação, saúde, segurança pública, trabalho, cultura) que visam reduzir a violência, promover a cidadania e a efetividade dos serviços prestados à população LGBT.
O governo golpista de Michel Temer (PMDB) não será capaz de garantir os direitos da população LGBT. Um governo interino que surge de um golpe contra a democracia é incapaz de representar uma população marcada pela violência do conservadorismo. É impossível garantir direitos humanos as pessoas LGBT’s com uma verdadeira afronta a democracia brasileira.
Por isso, as/os LGBT’s sairão às ruas e continuarão denunciando o golpismo do PMDB, dos empresários e da grande mídia, especialmente da Globo. LGBT’s não vão temer! Lutaremos cada dia pela democracia brasileira e para que nenhuma pessoa seja assassinada em por ser lésbica, gay, bissexual, travesti ou transexual. Pelo #ForaTemer e em luta para colocar o #Cunhanacadeia os/as LGBT’s se levantam contra o golpe!
#Vaiterluta
Eu tô na rua é pra lutar, por um projeto feminista, antirracista, colorido e popular!