Neste 8 de março, mulheres do campo e da cidade, reunidas em cerca de 20 organizações, foram às ruas do centro de Aracaju na luta contra as praticas perpetuadas diariamente pela sociedade machista e patriarcal. Mais que um dia para receber flores, a data marca historicamente a luta das mulheres trabalhadoras, é um dia de expor à sociedade as opressões vividas diariamente por elas e ir às ruas em luta pelos direitos das mulheres.
As mulheres saíram às ruas defendendo a igualdade de gênero, a autonomia da mulher; contra a violência domestica e exigindo preparo das delegacias ao receber as denuncias dessas violências. Entre falas, musicas e intervenção, o ato percorreu o centro lembrando a importância da participação das mulheres nas lutas politicas e na transformação da sociedade.
Além das bandeiras puramente feministas, o ato também colocou em questão a luta contra o racismo, a homofobia, a defesa de um outro projeto de sociedade, sem as opressões e desigualdades colocadas pelo capitalismo. A defesa da construção do projeto popular para o Brasil foi evidenciada e carregada em cartazes de manifestantes presentes.
Entre as falas ocorridas durantes o ato, a importância da mulher nas lutas sociais foi colocada como indispensável para reais avanços na sociedade. As mulheres precisam estar nas ruas, se auto organizarem, lutar contra as opressões; a maneira como a sociedade está organizada exige que elas estejam cada vez mais envolvidas nas lutas, denunciando e anunciando as bandeiras de luta feminista.
Não mexe comigo, que eu não ando só…
Algumas das participantes III Encontro de Mulheres do Campo e da Cidade, com a colaboração de um dos companheiros de luta, encenaram situações de violência domestica, homenageando três mulheres que sofreram agressões no Estado durante os últimos dias. O ato que ocorreu de forma bonita, várias vezes aplaudidos pelos trabalhadores do centro e por aqueles que estavam ali só de passagem, tomou um tom especial nesses momento, reunindo inúmeras pessoas em volta da encenação.