2015 está agitado. E nós precisamos entrar no ritmo. De tudo que é lado vemos novidades. Nem sempre boas, claro. Aliás, como lidar com novidades “ruins” é o assunto do momento. Não sei quanto a vocês, mas acho que é hora da juventude fazer alguma coisa. Esses dias um amigo disse uma verdade: agora temos mais motivos para protestar do que em junho de 2013.
O ônibus aumentou um absurdo. Escrevo de BH. Aqui aumentou para compensar tudo o que não subia desde as manifestações de junho. Em menos de um ano e meio a passagem saiu de R$2,65 pra R$3,15. Tive até que trazer minha bicicleta que ficava encostada no interior.
Além do ônibus, aumentou o aluguel e agora vi que a conta de luz subiu mais 30%! E o problema não é só econômico. Desse jeito tudo fica mais difícil: estudar, ir a um show, na roda de capoeira, no teatro, no cinema, ao bar e mais sei lá onde. O pior é que isso está acontecendo em vários lugares.
Ai você vai olhar as lideranças do Brasil pra ver o que elas estão fazendo. Disseram que iriam fazer um monte no final do ano passado, e estão fazendo mesmo, um monte de besteira. A situação é a seguinte: começaram a decidir quem vai perder com a crise econômica. E decidiram, mais uma vez na história, que é a gente. Os que já tinham muito menos, e que ganharam muito menos quando a maré estava boa, agora vão perder. E tem umas perdas que podem não ser nada pequenas, o maior símbolo disso é a Petrobrás.
Podem me chamar de conspirativo, ou o que quiser, mas os EUA ficaram puto de não ter participado do Pré-Sal e agora a Globo e os grandes jornais como Folha de São Paulo atacam a Petrobrás ferozmente. Se engana quem acha que isso tem a ver só com corrupção e defesa da boa moral. O ataque à Petrobrás tem como alvo o nosso petróleo. Corrupção se resolve com reforma do sistema político, não na Petrobrás.
A grande campanha do Lava-Jato é extremamente distorcida, faz até a Petrobras parecer um problema nacional quando, na verdade, ela é uma ótima solução para melhorar nossa saúde, educação, empregos… o que representa mais direitos no (nosso!) futuro. E pasmem: quem patrocina essa campanha distorcida que pode acabar como nossa riqueza de petróleo é a família mais rica do Brasil, “os Marinho”. Pensa só! É por aitudes egoístas como essas que o Brasil é um dois países mais desiguais do mundo.
É ou não é motivo suficiente para protestar? Eu acredito que nossa geração pode ficar conhecida como tendo tomado muita iniciativa interessante, como andar mais de bicicleta, tomar consciência ambiental, ter muita consciência política, parar de fumar, comer melhor, ser menos machista, menos racista, menos homofóbico, enfim, caminhar pra sermos pessoas melhores. Ser jovem hoje é isso.
Agora, nesse cenário de crise política dá para ver o quanto as lideranças “institucionais” de hoje já estão velhas. E velhas não quer dizer só idade. E as vezes nem quer dizer idade. São velhas por que representam coisas muito atrasadas. Parece que não percebem o avançar da história e ficam com o pé fincado lá atrás.
O maior exemplo disso é o Eduardo Cunha. Um dos homens mais poderosos do país hoje é Presidente da Câmara dos Deputados. Ele está enfiado na Lava-Jato mais do que muitos outros, junto com Renan Calheiros, presidente do Senado. Vejam só os chefes ilustres do nosso Congresso! Mas voltando ao Cunha, o cara ainda é super reacionário em outras coisas que a gente luta pra avançar: é corrupto, machista, homofóbico (propôs o dia do orgulho hetero) e está liderando o Brasil. É a contra-mão!
Sinceramente, a gente precisa fazer alguma coisa. Não dá para ver o Brasil a mercê de pessoas atrasadas como Eduardo Cunha, de egoístas como os Marinho, etc. No fundo a questão da representação está aí. O problema da corrupção está aí também. Essas pessoas são responsáveis pelas mazelas do nosso país. Não é hora de ficarmos acoados. A melhor forma de nos defender é atacar, retomando às ruas com um objetivo comum. A gente precisa reformar esse sistema político de todo jeito. Peguem suas ferramentas e vamos às ruas! O dia 13 está aí! Sinceramente, agora temos muito mais motivos.