Assim como a maioria das Instituições estaduais, a Universidade do Estado do Rio de Janeiro vem passando por um processo de sucateamento e precarização. É importante entender que existe um projeto de educação impulsionado, majoritariamente, pelos governos do PMDB de desmonte da qualidade do ensino e condições de trabalho, bem como uma agenda neoliberal de terceirização dos serviços e privatização dos setores. Nesse sentido, 2015 foi um ano de muita luta para os estudantes da UERJ, professores e principalmente para os trabalhadores terceirizados, que têm seus salários atrasados e condições precárias de trabalho.
Ao longo dos anos, o Movimento Estudantil vem costurando ao lado dessa categoria diversas mobilizações, numa prova viva de que trabalhadores e estudantes caminham lado a lado! O boom das mobilizações contra o sucateamento da UERJ foi a ocupação, que ocorreu em dezembro de 2015, quando diversos alunos sem bolsa deram um basta àquela situação. Foram mais de 2 semanas ocupando a Universidade, com aulas públicas, oficinas e muita luta! Mesmo assim, os meses seguintes continuamos com atrasos nas bolsas e assim que retomamos às aulas nos deparamos com uma situação horrível: mais de 600 trabalhadores da empresa Construir foram demitidos, sem ter seus direitos trabalhistas assistidos e com a conivência da Reitoria.
No dia 01/03, logo após o começo do semestre, os técnicos e os docentes da UERJ deflagraram uma greve, que começará no dia 07/03! Com assembléias lotadas e em com pouquíssimos votos contra, a UERJ se somará ao SEPE e às demais Instituições estaduais na luta contra os ataques do Pezão. As reivindicações das categorias são muitas e todas justas, mas destacam-se os 6% do PIB do Estado para a UERJ, reajuste de 30%, DE na aposentadoria, entre muitas outras. E os estudantes? Infelizmente o Diretório Central dos Estudantes esperou as categorias entrarem em greve para depois organizar a estudantada.
Nós acreditamos que greve qualificada é aquela feita com ocupações culturais do espaço, atos e muita mobilização! Greve não é férias! Temos pautas históricas que devem ser tiradas do papel como promessa. Devemos lutar pelos 6% do orçamento do Estado, pelo passe livre intermunicipal e intermodal, aumento das bolsas permanência, entre outras! Venceremos!