USP aprova Cotas Raciais

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“Que a universidade se pinte de negro, de mulato, de operário, de camponês ou bem que fique sem portas, e então o povo as arrebentará e pintará a Universidade com as cores que melhor lhe pareça.”
(Che Guevara)

Na última terça (4), o Movimento Estudantil e o Movimento Negro e Indígena da USP tiveram uma enorme conquista: através da luta e pressão do movimento, a retrógrada e conservadora reitoria, viu-se obrigada a curvar-se e finalmente adotar cotas étnico-raciais na Universidade de São Paulo.

O projeto aprovado pela Comissão de Graduação (maior espaço deliberativo da universidade) prevê 37% de vagas para estudantes de escolas públicas, aumentando anualmente de modo a chegar a 50% até 2021. Desta porcentagem, ao menos 32% deverá ser para a população negra, parda ou indígena, sendo esta a proporção do próprio estado de São Paulo.

Um passo adiante para uma universidade mais democrática, finalmente tendo maior representação de pessoas pretas e indígenas entre os alunos. Desta pequena grande vitória, caminhamos e lutamos em direção a construção de um projeto popular para a educação, com uma maior democratização do acesso ao ensino superior, e damos mais um passo rumo no combate ao racismo e reparação de todo o histórico racista de nossa sociedade.

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