Che está em nós

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Ilustração: Junior Lima

Em 8 de outubro relembramos o dia em que Che Guevara caiu em combate, na Bolívia. Esta data é importante para mantermos vivo o legado deste importante revolucionário para a América Latina, principalmente em tempos difíceis como o que vivemos hoje. Relembrar os valores que representam o papel que Che cumpriu na Revolução Cubana é fortalecer a mística de sua memória para seguirmos com a esperança da construção de uma sociedade justa para os povos de todo o mundo. A prática revolucionária de Che Guevara remete à importância da solidariedade entre os povos e da luta pela soberania e contra o imperialismo. 

Nesta primeira semana de outubro, o Levante Popular da Juventude constrói junto a outros movimentos populares a Semana Internacional de Ação Anti-imperialista, iniciativa dedicada à luta para que os povos do mundo unam-se para enfrentar o principal inimigo da humanidade, que é o imperialismo. Neste ano, nos marcos da Jornada Internacional de Luta Anti-imperialista, retomemos o legado de Che, que representa a síntese de um período histórico revolucionário de nosso continente e que reverbera até os dias de hoje, atravessando gerações. 

Ao percorrer grande parte da América Latina, Che entendeu que o povo latino-americano compartilha mazelas e desafios muito semelhantes, causados pelo peso feroz das garras do imperialismo em nosso subcontinente. Entendendo a realidade de Nuestra America, Che Guevara lutou pela emancipação dos povos em Guatemala, em Cuba, em Bolívia. Sua experiência de vida pode ser considerada a síntese do que é ser latino-americano.

“A argila fundamental de nossa obra é a juventude. Nela depositamos todas as nossas esperanças e a preparamos para receber ideias para moldar nosso futuro”

Já dizia Che, referindo-se à potência de luta e ao ímpeto da juventude. Essa afirmação demonstra como seu legado está presente nas ações cotidianas do Levante: Che está em nós. Está nas ações de solidariedade, nas nossas ações de agitação e propaganda, na ternura e no cuidado que temos com nossos companheiros e companheiras, nas vozes que ecoam das nossas gargantas exigindo um futuro melhor para a juventude. Para uma organização de jovens em busca da transformação social, a coerência dos valores e ações de Che são um exemplo cotidiano. Por isso, nos somamos a outras organizações que reivindicam o dia 8 de outubro como Dia Internacional da Juventude em Luta. A memória daquele jovem lutador seguirá viva em nossos passos cotidianos.

Nesta conjuntura em que a pandemia do coronavírus agravou as condições de vida dos povos de todo o mundo, torna-se ainda mais importante apontar a solidariedade como um dos pilares para a construção de novos valores e a superação dos problemas do povo. Nessas ações de luta e de solidariedade, Che está entre nós, relembrando a centralidade da disciplina à luta, do exemplo pedagógico, da solidariedade e do internacionalismo. 

O caráter dessa solidariedade também precisa ir além das fronteiras. Che nos mostrou em sua fala e em sua prática o verdadeiro exercício do internacionalismo. Talvez o seu principal legado tenha sido o de viver de forma coerente e cotidiana, todos os valores de um revolucionário. Lutou pela libertação do povo de outras nações, e nos deixa um legado de sua defesa incansável da soberania e da autodeterminação dos povos do mundo. Por isso, nessa Semana Internacional de Ação Anti-imperialista, na qual companheiros e companheiras em diferentes países ecoam suas vozes na luta contra o imperialismo, retomemos Che e seu legado! como diria o comandante:

Sejamos o pesadelo dos que querem roubar nossos sonhos”