POR QUE ESCRACHAMOS CLÁUDIO CASTRO?

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Cláudio Castro tem sangue nas mãos!

Hoje, 12 de agosto, dia Internacional da Juventude, o Levante Popular da Juventude amanheceu ecoando o grito da indignação e da revolta denunciando quem interrompe os nossos sonhos, os sonhos da juventude negra. Nos levantamos para reafirmar que não haverá paz para quem tem as mãos sujas de sangue, que não haverá paz enquanto não houver justiça para aquelas e aquelas que tiveram suas vidas ceifadas pelo Estado racista. 

Cláudio Castro, filiado ao PL, partido de Bolsonaro e de outras figuras da extrema-direita, vem promovendo e estimulando no estado do Rio uma política de violência, descaso e morte. Um projeto que tem um alvo, um alvo que tem cor, idade e endereço.

Foto: Luiza Arruda

No primeiro semestre de 2025, a Região Metropolitana do Rio de Janeiro bateu o recorde de tiroteios por conflitos armados e de ações policiais, com uma média de quase 7 ocorrências e mais de 2 mortes por dia. Das vítimas identificadas, 70% eram negras. Dados nacionais nos dizem também que a cada 10 pessoas assassinadas pela polícia, mais de 7 são crianças, adolescentes e jovens de 12 a 29 anos, e 8 são negras. A opção pelo confronto direto, adotada pela gestão de Cláudio Castro, custa a vida de inocentes, principalmente de crianças e jovens.

Além das mortes, a violência tem impactos profundos no cotidiano da juventude periférica e favelada. Segundo o Instituto Fogo Cruzado e a UNICEF, jovens que vivem em áreas de conflitos e violência têm desempenho escolar significativamente pior, abandonam os estudos com mais frequência e sofrem com danos à saúde mental, à perspectiva de futuro e até à segurança alimentar. Uma a cada três escolas suspenderam as aulas durante o ano de 2022, deixando mais de 134 mil estudantes sem aula em algum momento. 

Exigimos que o governo do Rio de Janeiro assuma um compromisso real com políticas de segurança pública que sejam capazes de desarticular o poder paralelo das milícias e do crime organizado com inteligência, compromisso com o fim da letalidade policial, com inclusão de câmaras corporais de gravação ininterrupta e combate à impunidade. Queremos justiça!

Herus, João Pedro, Kethleen Romeu e tantos outros foram vítimas de um Estado que opera a partir de uma lógica genocida e eugenista. Contra o extermínio e a criminalização da juventude negra, não descansaremos até que nenhum jovem tenha sua vida interrompida pela violência do Estado! Até que nenhuma criança e adolescente estejam privados do acesso à educação. Para que a juventude possa viver, se formar, ter emprego digno, e ser feliz, seguiremos em luta!

Levante Popular da Juventude, 12 de agosto de 2025.

JUVENTUDE NEGRA QUER VIVER! 

Foto: Luiza Arruda