O Levante Popular da Juventude denuncia a nova ofensiva do imperialismo estadunidense frente à paz na América Latina e Caribe, ilustrada pelo recente deslocamento de navios de guerra e tropas dos Estados Unidos para o sul do Mar do Caribe. Nos solidarizamos com o povo venezuelano, que resiste diante dos ataques imperialistas, diante de uma escalada de tensões especialmente contra o legado de Chávez e da Revolução Bolivariana que pulsa na América Latina. 

Os bloqueios econômicos e difamações não começam agora, mas se intensificam com o governo de Donald Trump. Assim como ocorre em outros países que sofrem com as sanções criminosas dos Estados Unidos, os bloqueios à Venezuela impedem a entrada de medicamentos, alimentos e outros itens essenciais. Desde a Ordem Executiva n. 13808 de Trump, em 2017, as sanções financeiras ao povo venezuelano geram perdas estimadas em 226 bilhões de dólares nas receitas petrolíferas do país. Denunciamos as violações do governo Trump ao direito internacional que, assim como tenta atacar a estabilidade e soberania do Brasil, busca uma nova ofensiva bélica frente à Venezuela e a toda América Latina.

Durante as últimas eleições municipais venezuelanas, em 27 de julho, foi identificado um  voo de inteligência da Força Aérea dos EUA próximo ao espaço aéreo da Venezuela. No mesmo período, o governo dos Estados Unidos acusou o governo do presidente constitucional e legitimamente eleito pelo povo venezuelano, Nicolás Maduro Moros, de “organização criminosa”. Em 9 de agosto, Trump dobrou a recompensa pela captura do presidente Nicolás Maduro e, em 19 de agosto, os Estados Unidos afirmam que usarão “toda a força” contra a Venezuela. 

O pretexto dos EUA para as últimas agressões é de que se trata de uma operação antidrogas pela América Latina, mas sem provas: uma falsa vinculação ao terrorismo, um discurso perigoso que tenta justificar intervenções militares em países do Sul Global. Os relatórios do próprio órgão responsável dos EUA, a Administração de Repressão às Drogas (DEA), não mencionam a Venezuela como país relevante no tráfico de drogas para os Estados Unidos.

Denunciamos que essas ameaças atingem não somente a Venezuela, mas atacam a paz e estabilidade de toda a região da América Latina e Caribe, em uma tentativa clara de intervenção à soberania e autodeterminação dos nossos povos. Seguimos acompanhando com atenção e prestamos nossa solidariedade ao povo venezuelano frente à tentativa de ingerência estrangeira por parte de Donald Trump. 

A América Latina é um território de soberania e resistência! Não se subjuga um povo soberano que avança firme por sua dignidade. Defendemos que a unidade regional será capaz de nos defender das crescentes pressões lideradas pelo projeto de domínio imperialista dos Estados Unidos. Erguemos a voz em defesa da autodeterminação dos povos, da paz e da soberania que duramente conquistamos. Defendemos o legado de Chávez e da Revolução Bolivariana, essa que é a experiência revolucionária do nosso século e da América Latina!

Trump, tire as mãos da América Latina!

Fora Trump da América Latina!

Viva o povo venezuelano!

Somos povos livres e soberanos!

Internacionalizemos a luta, internazionalizemos a esperança!