Devemos nos orgulhar que a construção das nossas identidades foram através de luta. Há 51 anos atrás uma rebelião liderada pelas mulheres lésbicas e travestis tomou as ruas em reação a violência policial aos poucos bares de Nova Iorque que atendiam a comunidade LGBTI e às pessoas que frequentavam. O motivo das batidas era ódio, extorsão e discriminação.
Temos que nos orgulhar porque nesse último ciclo democrático brasileiro, conquistamos as pautas constitutivas da história dos movimento LGBTI. Mesmo quando a Democracia encontra-se a beira do abismo neofascista, se equilibrando de sombrinha, conquistamos importantes vitórias. Percebemos que as conquistas desse setor da população semeiam em terrenos democráticos e são rapidamente destruídas com o agrotóxico fascistizante. É preciso estar alerta!
Defender a democracia e a vida, é defender o fim da LGBTfobia! Essas bandeiras não invisibilizam ou se contradizem com nossas existências, ao contrário, nos coloca coletivamente para defender o comum e básico: uma pátria livre e soberana, trabalho em condições dignas e justas, direitos assegurados, defesa do meio ambiente, fim da fome, da desigualdade, da violência, da exploração e opressão. Sem a garantia disso, nunca dormiremos todas/os em segurança. As nossas conquistas não podem ter o cenário da miséria coletiva.
Nos orgulhemos porque ainda cabe sonhar! Cabe a nós levantarmos os estandartes, as plumas, os guarda-chuvas, blusas e símbolos. Nesse horizonte nebuloso apontado pelo fascismo só juntas/os conseguiremos, como quem dança em grupo: autocrítica, disciplina e humildade, pra alcançar a precisão. Construiremos um novo mundo-espetáculo, onde nossas utopias não estejam nos bastidores, mas sim sorrindo na rua.
Edição: Emilly Firmino