Mais de 80 mulheres do Levante Popular da Juventude de todas as regiões do país, estiveram presentes no 9ª Encontro Internacional da Marcha Mundial das Mulheres, em São Paulo, que teve como lema: “Feminismo em Marcha para Mudar o Mundo”, nos dias 25 a 31 de agosto.
Segundo Janaita, do Levante Popular da Juventude, o encontro foi importante para as militantes do levante. O Levante Popular da Juventude, afirma, é um movimento misto, ou seja, composto por homens e mulheres, e participar do encontro da marcha fez com que reafirmássemos a importância da pauta das mulheres para a construção de um mundo mais igualitário e livre de opressões entre homens e mulheres.
O encontro contou com a participação de vozes feministas de todos os continentes que relataram as especificidades da opressão de gênero em seus países e a afirmação de que as mulheres tem comum o mesmo inimigo: o sistema capitalista, patriarcal e lesbofóbico.
Para Patrícia Chaves, do Levante, foram dias de solidariedade, de partilha de vidas e resistências. Dias de debate sobre o avanço do capital sobre os territórios, trabalho e corpo das mulheres. Foram dias de fortalecer um campo político e refletir sobre as trajetórias do feminismo nesse continente. Tudo isso com muita diversidade, batucada feminista, cores, lambes, estencil, músicas e alegria.
O Encontro reafirmou o compromisso das mulheres do Levante contra o machismo e da sua aliança com a Marcha Mundial das Mulheres, com que o movimento tem parceria desde sua criação.
As mulheres do Levante realizaram duas reuniões durante o encontro. As companheiras trocaram relatos sobre a situação nos estados e os desafios que deverão ser superados.
Além disso, no dia 30, dia em que o Levante esteve nacionalmente em luta pela democratização dos meios de comunicação e contra o monópolio da Rede Globo, as mulheres participaram da manifestação que escrachou a Globo de São Paulo. Em uma de suas ações, elas estenderam duas as faixas, “Fora Globo” e “Abaixo a mídia machista”. Mariana Norris, afirmou que “Nós, mulheres, queremos uma mídia livre, livre do machismo que mercantiliza os corpos das mulheres!”.
O último dia do encontro foi marcado pelo ato público. As mulheres marcharam pelas ruas do centro de São Paulo gritando palavras de ordem como: “A violência contra a mulher não é o mundo que a gente quer!”, “Legalize/ O corpo é nosso/ É nossa escolha/ É pela vida das mulheres”, “A nossa chama é o fogo da revolução”, “Eu to na rua é pra lutar, por um projeto feminista e popular”.Jessy Dayane, diretora de mulheres da UNE, diz que as mulheres do Levante saíram do Encontro da MMM mais convictas da necessidade do feminismo para mudar o mundo e animadas a fortalecer a auto-organização e o feminismo dentro do Levante.
Estamos juntas, certas de que seguiremos em marcha até que todas sejamos livres!