A POESIA QUE ALIMENTA NOSSA LUTA

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Não tenho medo da tempestade que se aproxima.

Mesmo o trovão dos canhões dos inimigos não me assustam

Pois vi a Liberdade decepada brotar em forma de juventude

Eram flores lindas que coloriam as ruas

Entendi que não mais o medo habita o coração

Entendi que pra cada patrão mais de milhões se erguerão

Que da barriga vazia da criança nasce a força da guerrilha cheia de esperança

Que do corpo da mulher oprimida se erguem barricadas na avenida

Não tenho medo das batalhas que se avizinham

Mesmo o barulho dos fuzis inimigos não me assustam

Pois a Justiça roubada foi resgatada nos gritos da juventude

Eram vozes doces e firmes que falavam ao mundo de agora o futuro que virá

Entendi que pra cada latifúndio milhões de sem-terra se erguerão

Que pra cada julgamento pela cor

O povo de Zumbi valente quebrará as correntes

que pra cada chão indígena roubado Sepé Tiaraju retornará com seu exército sagrado

Não tenho medo do império que esmaga a Paz

Mesmo as máquinas assassinas dos donos do mundo não me assustam

Pois eu vi no calor dos abraços e na alegria de viver

Uma juventude que se recusa a morrer

Pronta para a batalha em breve ficará

Então o medo cairá sobre os opressores

A revolução vai triunfar

A criança vai brincar

O ser humano vai amar

O mundo se erguerá

A história vai mudar

E o povo?

Esse é quem vai governar!

Pátria Livre, Venceremos!