A chegada do presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, a Pádua foi acompanhada por mais de 500 pessoas reunidas em Prato della Valle e determinadas a impedir a sua passagem pela Basílica de Santo Antônio.
A reação violenta e injustificada das forças de segurança protegeu um presidente acusado de crimes contra a humanidade pelo seu próprio parlamento, e reprimiu a manifestação pacífica em que o Potere al Popolo [Poder ao Povo] também esteve presente.
“A concessão, pelo município de Anguillara Veneta, do título de cidadão honorário a um genocida como Bolsonaro, bem como a sua visita à nossa cidade, não poderia deixar de estar presente em todos os protestos”, afirma Luca Lendaro, representante do Potere al Popolo de Pádua e do espaço Catai.
“Não há nada a homenagear no atual presidente do Brasil, e sua defesa pela polícia ofende todo o povo brasileiro e suas 600.000 vítimas devido ao tratamento criminoso e negacionista da pandemia”.
Giuliano Granato, porta-voz nacional do PaP, destaca que o Potere al Popolo está sempre ao lado das trabalhadoras e dos trabalhadores, das populações indígenas, da comunidade LGBT, dos agricultores e dos movimentos sociais brasileiros.
“Bolsonaro não é uma presença bem-vinda na Itália, porque não é querido pelo seu próprio povo. Onde quer que estejamos, sempre vamos gritar “Fora Bolsonaro”, porque a luta dos brasileiros e das brasileiras contra um presidente criminoso, que está deixando a Amazônia ser destruída e preparando um possível golpe contra a segura reeleição de Lula, é também a nossa luta.”
E acrescenta: “evidentemente, as instituições italianas queriam que o presidente brasileiro se sentisse tão em casa, que começaram a reprimir os que não estão de acordo, seguindo a repressão que tem sido a marca da presidência de Bolsonaro até hoje.”