Aconteceu no dia 05 de março de 2015 em Salvador, o ato inaugural da “Jornada de Lutas em Defesa da Educação Pública e da Democracia Universitária” na Universidade Federal da Bahia, uma iniciativa do Diretório Central dos Estudantes com a participação de centenas de jovens que se mobilizaram e construíram uma marcha até a Reitoria da UFBA. A ação foi articulada com diversos Centros e Diretórios Acadêmicos, com estudantes de diversos cursos, partindo de áreas de concentração em 03 campi (Ondina, São Lázaro e Canela), fazendo intervenções ao longo do percurso e posteriormente unindo-se numa única marcha que desembocou em uma ação com mais de 300 estudantes ocupando o gabinete da Reitoria.
Diante do avanço do conservadorismo na sociedade brasileira, de uma conjuntura de crise econômica internacional e o recente corte de 7 bilhões nas verbas da educação, as consequências atingem diretamente a Assistência Estudantil. Os e as estudantes enfrentam problemas históricos como falta de manutenção nas Residências Universitárias (que comprometem a estrutura e no último mês desalojou estudantes), precariedade no serviço do Restaurante Universitário (com número restrito a 1200 refeições diárias, sendo que a universidade conta com mais de 35 mil, além de ser concentrado apenas em um campus), o atraso e corte de bolsas, número de vagas limitado na creche universitária que nem de longe é capaz de atender a demanda das mulheres mães, falta de quadras cobertas, entre outros. Dentro das pautas de reivindicação, consta o cumprimento de acordos anteriores pela administração central e a convocação de um Consuni (Conselho Universitário) com pauta única “Assistência Estudantil”.
O Levante Popular da Juventude compreende que com os recentes programas de democratização do acesso ao ensino superior, jovens das classes mais populares têm entrado cada vez mais na universidade. Nesse sentido, a luta por assistência estudantil e permanência se mostra ainda mais necessária, por isso se colocou em luta ao lado dos e das estudantes nessa Jornada. Tais problemas mostram a necessidade de um movimento estudantil cada vez mais ativo e articulado, que seja capaz, em conjunto com servidores, professores e estudantes, de pensar e lutar por um projeto de universidade popular, no qual o desenvolvimento do conhecimento seja voltado para as necessidades do povo.