Durante três dias os jovens debateram e refletiram sobre a conjuntura internacional e as atuais lutas protagonizadas pela juventude.
A fim de criar um espaço de diálogo e reflexão político-ideológica sobre a conjuntura internacional e as lutas atuais protagonizadas pela juventude, 37 movimentos de 24 países estiveram reunidos entre os dias 3 a 5 de maio no Encontro Internacional de Movimentos de Juventude realizado na Escola Nacional Florestan Fernandes (ENFF) em São Paulo.
O encontro convocado pelo Levante Popular da Juventude e Articulação Continental dos Movimentos Sociais da ALBA (Alba Movimientos) colocou em intercâmbio político organizações que se desafiam a construir lutas em uma perspectiva de massificação. Nesse sentido, os movimentos que estiveram presentes iniciaram a construção de uma articulação internacionalista, antiimperialista, anti-colonialista, anti-neoliberal e anti-patriarcal.
Em nota, as organizações afirmam que a transformação da sociedade somente será possível com lutas de massas que “enfrentem os grandes inimigos da humanidade e da juventude”.
De acordo com o cubano Yanniel Ortiz Rubio da Unión de Juventud Comunista a articulação entre os movimentos “deve ser alimentada para que se fortaleça a solidariedade entre povos e para que desperte nos jovens a vontade de construir um modelo de vida justo e inclusivo, um modelo de vida para todos”.
Na declaração política elaborada no encontro, as organizações presentes afirmam a necessidade de se construir um processo de luta “pela vida dos povos e da natureza, por liberdade e soberania popular”. Além disso, também são apontadas as necessidades de paz nos territórios e o fim da violência, almejando a construção de um novo modelo de sociedade.
Ao final do encontro foram discutidas questões organizativas sobre como impulsionar a articulação entre os movimentos, tendo como deliberação uma agenda em comum de lutas com o objetivo de mobiliar amplos setores e organizações em duas datas: 8 a 10 de julho quando será realizado o “Protesto e Resistência Internacional” em contraponto ao Fórum Internacional das Américas, que acontece em Toronto, no Canadá e o dia 8 de outubro, em memória a Ernerto “Che” Guevara, uma “Jornada Internacional de Luta da Juventude Popular e Anti-imperialista Contra a Violência do Capital”.
Lista das Organizações Participantes:
- Sudáfrica – Botshabelo Rural Workers
- Sudáfrica – CSAAWU – Farmworkers Union
- Sudáfrica – National Union of Metalworkers of South Africa (NUMSA)
- Sudáfrica – Rural People’s Movement
- Argentina – Pátria Grande
- Argentina – Seamos Libres
- Bolivia – Columna Sur
8.. Brasil – Levante Popular da Juventude
- Brasil – Movimentos dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
- Canadá – Natural Farmers Union
- Canadá – No One Is Illegal – Toronto
- Chile – Colectivo Andamios
- Colombia – Asociación Nacional de Jóvenes y Estudiantes de Colombia
- Colombia – Congreso de los Pueblos
- Cuba – Unión de Juventud Comunista
- Curdistan – Partiya Karkerên Kurdistanê (PKK)
- Estado Español – En Lucha
- EUA – Dream Defenders
- EUA – Farmworkers Association of Florida
- EUA – Hands Up United
- Grecia – FARMA
- Guatemala – Comité de Unidad Campesina (CUC)
- Haití – Coordination Régional des Organizations du Sudest (CROSE)
- Honduras – La Via Campesina
- India – Food Sovereignty Alliance
- India – Karnataka State Farmers Association (KRRS)
- India – Koradwahu Gat – Dryland Famers Group
- México – Movimento de Liberação Nacional (MLN) – Jovenes ante la emergencia nacional
- Nicaragua – Asociación de Trabajadores del Campo (ATC)
- Noruega – Sind. Industria y Energia
- Perú – La Junta
- Puerto Rico – Comuna Caribe
- Turquía – Our Commons Network
- Uruguay – Movimiento de Liberación Nacional Tupamaros
- Venezuela – Partido Socialista Unido de Venezuela
- Zimbabue – Zimbabwe Samllholder Organic Farmers Forum (ZIMSOFF)