por Hinaldo Castro, militante do Levante Popular da Juventude em Manaus.
Em junho de 2013 várias capitais brasileiras presenciaram manifestações, ais quais levaram milhões de pessoas as ruas e dentre esses milhões a maioria eram jovens. O centro das manifestações era a luta contra o aumento das passagens do transporte que deveria ser público, mas não é, e também a luta pelo passe livre.
Em Manaus não foi diferente,100 mil pessoas ocuparam a avenida Eduardo ribeiro no centro da cidade, e colocaram como centro também a pauta do passe livre.De 2013 para cá após estes grandes manifestos, o parlamento na esfera municipal, estadual e federal não conseguiu sequer dar uma resposta aos anseios expostos pela população.
A pauta do passe livre então volta a ser exposta ao parlamento neste ano (2015) como uma emenda à lei orgânica do município, encabeçada pelo vereador Waldemir José, do Partido dos Trabalhadores. Entretanto a pauta foi derrubada ainda na comissão que a debatia, e sequer foi avisado ao relator da proposta. O mesmo havia convidado os movimentos de juventude da cidade para pressionar o parlamento municipal, no anseio de que no dia 01 de setembro (Terça-feira) haveria a votação do passe livre estudantil, votação esta que não aconteceu, fazendo com que os movimentos ficassem com cara de bobo na galeria da câmara.
Não é difícil de entender o porquê de uma pauta tão importante como esta ser negada aos estudantes da cidade. Hoje no Brasil o parlamento esta submisso ao poder econômico, as grandes empresas, estas que bancam as campanhas dos candidatos e os mesmos quando ganham terão que retribuir o “Financiamento” feito. Analisemos por exemplo os aumentos abusivos das tarifas do transporte coletivo, o custo das grandes obras em Manaus, o não reajuste salarial para os professores, algumas escolas sem merenda e outras infinidades de benefícios que são negados ao povo trabalhador da cidade e do país.
Com toda esta estrutura política de não representação da classe trabalhadora nos parlamentos, podemos chegar a uma conclusão bem obvia, os políticos em sua maioria que aí estão, não nos representam, e se os mesmos não nos representam, precisamos de uma reforma política que garanta que a classe trabalhadora esteja representada no parlamento, pois do jeito que está, não pode continuar.
É neste sentido que temos que pautar a CONSTITUINTE EXCLUSIVA E SOBERANA SOBRE O SISTEMA POLITICO BRASILEIRO, simplificando um pouco o nome, este é um mecanismo encontrado pelos movimentos sociais para que a reforma política não seja feita pelos políticos que aí estão, mas que seja feita com o povo e para o povo, pois quem mais sofre com a falta de representação no parlamento hoje é o mesmo.
PARA MANAUS TER PASSE LIVRE, PAUTEMOS A CONSTITUINTE !!