Mulheres Cabulosas da História

Você está visualizando atualmente <strong>Mulheres Cabulosas da História</strong>

O mês de março é o mês da Luta Internacional das Mulheres. Antes de ter sido apropriada comercialmente, a comemoração do dia 8 surgiu como uma data que marca a resistência e a luta por direitos para as mulheres, protagonizada por elas ao redor do mundo.

São mulheres corajosas e poderosas com histórias inspiradoras, que dedicaram suas vidas à luta para revolucionar o mundo. Apesar da grande importância — seja na política, ciência, artes e etc. — a maioria delas teve seus nomes escondidos e até mesmo apagados pelo patriarcado, que subvaloriza o papel e o poder das mulheres na sociedade. Por isso, nessa data simbólica, nós mulheres do Levante Popular da Juventude decidimos resgatar essas memórias para homenageá-las e dizer que a história é viva e caminha!

No projeto fotográfico “ As Mulheres Cabulosas da História” retratamos 43 dessas personagens, sugeridas pelas próprias fotografadas. Nosso objetivo é mostrar, através da releitura de imagens, que essas mulheres continuam mais vivas do que nunca. Continuamos lutando inspiradas pela trajetória delas que jamais serão esquecidas por nós!

Além disso, o projeto nos mostrou que, infelizmente, ainda temos um número muito reduzido de mulheres negras e indígenas conhecidas e reconhecidas pela história transmitida através da mídia e dos livros. Muitas dessas mulheres tiveram seus nomes ignorados ao longo da história e isso nos atenta para a importância de discutirmos não só o machismo, mas especialmente o racismo.

Acreditamos em um mundo em que mais mulheres consigam se espelhar na força dessas personagens e que sejamos nós as protagonistas da nossa própria revolução!

LAKSHMI SEHGAL

Lakshmi Sehgal estudou medicina e tornou-se capitã de um regimento do Exército Nacional Indiano, como médica. Acolhia os refugiados e os setores mais marginalizados da sociedade, tornou-se membro do Partido Comunista da Índia (Marxista) e da All India Democrática Associação de Mulheres (AIDWA). Atuava em campanhas por justiça política, economica e social.

Mas, na verdade, essa é a Priscila Araújo, que luta pela revolução brasileira.

LUIZA MAHIM

Luiza Mahim foi trazida como escrava ao Brasil, era quituteira e foi uma das lideranças na Revolta dos Malês (1835). Caso os malês tivessem sido vitoriosos, Luísa seria reconhecida como Rainha da Bahia.

Mas, na verdade, essa é Ana Carolina Vasconcelos, estudante que luta pela liberdade e reconhecimento das mulheres e por um feminismo cada vez mais representativo.

VILMA ESPIM

Vilma Espim foi a segunda mulher a se formar engenheira química em Cuba. Era do movimento estudantil e foi uma das líderes da tomada de poder pelo socialismo, em 1960. Fundou a Federação de Mulheres Cubanas, que oferecia formação para mulheres, inclusive política, o que fez com que Cuba fosse o segundo país no mundo com maior representação de mulheres em cargos eletivos.

Mas, na verdade, essa é Nathália Ferreira, que luta por uma América Latina livre de injustiça e discriminação.

CONSTANCE MARKIEVICZ

Constance Markievicz se uniu ao movimento sufragista pelo voto das mulheres na Inglaterra, em 1897, participou da União Nacional das Sociedades de Mulheres Sufragistas e passou a atuar na Irlanda. Ela foi ativa na política nacionalista irlandesa, se juntou ao grupo de mulheres “Filhas da Irlanda” (Inghinidhe na hÉireann) e ao partido Sinn Féin pela independência da nação irlandesa.

Mas, essa mulher da foto, é a Cecília Queiroga, estudante de Ciências Sociais que luta para que as mulheres tenham acesso aos seus direitos plenos e que seus potenciais sejam reconhecidos socialmente.

LUZ DEL FUEGO

Luz del Fuego escandalizou o Brasil nos anos 40 e 50. Era dançarina, naturalista e pioneira do movimento pela liberdade do corpo. Fundou a colônia naturalista “Ilha do Sol” e era constantemente assediada por homens que buscavam orgias sexuais na Ilha. Ela denunciava os assédios à Polícia e, por isso, dois homens assassinaram Luz por vingança.

Mas na verdade, essa é a Luciléia Miranda, estudante que luta por acreditar que lugar de mulher é na política.

JUANA AZURDUY

A General Juana Azurduy de Padilla representa as milhares de mulheres heroínas nas guerras de emancipação da colônia sul americana que pertencia à Espanha. Cristina Kirchner, ex-presidenta da Argentina substituiu uma estátua de Cristovám Colombo que ficava dentro da residência oficial do governo por uma de Juana Azurduy de nove metros de altura.

Mas, na verdade, essa é a Giovanna Abreu, estudante de Direito, que luta pelo fim do feminicídio.

MERCEDES SOSA

Mercedes Sosa, também chamada de “La Negra”, foi uma artista que cantou música folclórica Argentina e ao mesmo tempo denunciou a desigualdade social e as injustiças da América Latina. Durante a ditadura militar no país ela foi presa e se exilou na Europa, porém, continuou usando sua música como protesto político.

Mas, na verdade, essa é a Larissa Lopes, médica que luta diariamente para que todas mulheres da América Latina tenham acesso à saúde.

MARIA DA PENHA

Maria da Penha é cearense e foi agredida fisicamente pelo marido durante todo seu casamento. Sofreu duas tentativas de homicídio: uma por arma de fogo, que a deixou paraplégica, e outra, em que foi eletrocutada durante o banho. Em 2006, o Governo brasileiro decretou a Lei nº 11.340, para coibir a violência contra a mulher, simbolicamente a lei leva seu nome: “Lei Maria da Penha”.

Mas, na verdade, essa é a Beatriz Simas, estudante de direito, que luta pelo fim da violência doméstica e familiar até hoje.

MARIE CURIE

Marie Sklodowska Curie, nasceu na Polônia em 1867. Ela foi a primeira mulher a ganhar um Prêmio Nobel em Ciências, e a primeira pessoa a receber o prêmio duas vezes. O primeiro foi pelas pesquisas sobre radiação, o segundo, deve-se à descoberta do elemento químico: rádio.

Mas, na verdade, essa é a Tatiana Mota, estudante de teatro, que luta pela legalização do aborto e pelo fim da mutilação de mulheres nas salas de cirurgias plásticas.

NÍSIA FLORESTA

Nísia Floresta foi escritora e educadora no século XIX. Escreveu vários livros como: “Direitos das mulheres e injustiças dos homens” e “Opúsculo Humanitário”, esse último criticou o ensino nas escolas da Corte, onde meninas aprendiam regras de etiqueta e “bons” costumes. Ela fundou uma escola para ensinar línguas, ciências naturais e sociais, matemática e artes.

Mas, na verdade, essa na foto é a Aline Bentes, pediatra, que luta para que o trabalho das mulheres seja valorizado.

DANDARA

Dandara foi liderança junto ao seu companheiro, Zumbi no do maior quilombo das Américas: o Quilombo dos Palmares. Ela plantava, trabalhava na produção da farinha de mandioca, caçava e lutava capoeira, usava armas para liderar homens e mulheres de resistência do quilombo.

Mas, na verdade, essa é Lorena Lemos, que luta por uma educação de qualidade e pela emancipação das mulheres negras.

PAGU

Pagu é o apelido de Patrícia Rehder Galvão. Ela foi jornalista, romancista e filiou-se ao Partido Comunista Brasileiro (PCB) em 1931. Fundou o jornal “O Homem do Povo” e escreveu “Parque Industrial”, o primeiro romance proletário da literatura brasileira. Foi detida como presa política mais de 20 vezes ao longo da sua militância.

Mas, na verdade essa é a Isabella Arreguy, estudante de Ciências Sociais, e luta pela igualdade e emancipação das vidas e corpos das mulheres até hoje.

SOPHIE SCHOLL

Sophie Scholl foi integrante do movimento “A Rosa Branca” de resistência contra o nazismo na Alemanha. Ela espalhava panfletos que denunciavam os crimes do regime nazista nas caixas de correio, colavam em cabines telefônicas e em carros estacionados. Quando capturada, ela foi decapitada pela SS, a polícia do Estado.

Mas, na verdade, essa é a Bruna Gavino, estudante que luta contra os estereótipos de gênero até hoje.

TARSILA DO AMARAL

Tarsila do Amaral foi a precursora no Movimento Modernista nas artes plásticas nos anos 20 e 30, em São Paulo. Apesar de pertencer à burguesia paulistana, ela foi a primeira artista a valorizar a cultura e o povo brasileiro em suas obras.

Mas, na verdade, essa é a Thainá Nogueira, estudante de comunicação social, que luta para que a identidade da mulher seja valorizada pela mídia.

BEATRIZ NASCIMENTO

Maria Beatriz do Nascimento foi uma professora sergipana que atuava ativamente no movimento negro brasileiro. Lecionava História na Universidade Federal Fluminense e lutou contra discriminação e respeito aos africanos e seus descendentes no Brasil. Estudou sobre quilombos, o candomblé e blocos afro na Bahia.

Mas, na verdade, essa é a Mayara Myriam que luta pela libertação e emancipação de todas as mulheres.

MARIA BONITA

Maria Bonita é chamada de Rainha do Cangaço, que não por acaso, nasceu em 1911 em um 8 de marco, foi uma mulher corajosa, de arma na mão, decidida, que rompeu parâmetros de uma época para seguir um grupo que vivia à margem da lei. Foi a primeira mulher a ingressar no Cangaço e se decidiu se lançar pelo Sertão justamente depois de uma das brigas de um casamento abusivo.

Mas, na verdade, essa é a Graziele Silva, que luta para que as mulheres não tenham medo de ocupar todo e qualquer espaço na sociedade.

ELZA SOARES

Elza Soares nasceu e cresceu na favela, fez sucesso na música popular brasileira com uma voz marcante e sua identidade afrobrasileira. Seu último álbum lançado A mulher do Fim do Mundo denuncia a violência contra as mulheres e mostra toda a forca da mulher brasileira em sua resistência.

Mas, na verdade, essa é estudante Ana Carolina Vasconcelos, que luta pela liberdade e reconhecimento das mulheres e um feminismo cada vez mais representativo.

CELIA SANCHEZ

Celia Sanchez foi membro do Exército rebelde da Serra Maestra, fundou o primeiro Batalhão de mulheres e integrava o Comitê Central do Partido Comunista Cubano, fundado em 1965. No Governo, foi secretária do Conselho de Estado e destacou-se como defensora e difusora da história, das artes, da moda, da comida e de todas as formas de manifestação da nacionalidade cubana.

Mas, na verdade, essa é Nathália Ferreira, que luta por uma América Latina livre de injustiça e descriminação.

NILDA CARVALHO

Nilda Carvalho fazia o curso secundário e passou a militar no MR-8. Presa em agosto de 1971, em Salvador (BA), foi levada para o Quartel do Barbalho e, depois, para a Base Aérea de Salvador, onde foi torturada. Liberada no início de novembro, profundamente debilitada em conseqüência das torturas sofridas, morreu no mesmo mês.

Mas, na verdade, essa é a Giselle Maia, estudante de Gestão Pública, que luta contra a lesbofobia, pela liberdade e emancipação da mulher.

CHIQUINHA GONZAGA

Chiquinha Gonzaga foi compositora, pianista e maestrina. É responsável por mais de duas mil canções populares. Entre elas está a primeira marchinha composta para o carnaval: “Ô abre alas”, de 1889. Seu aniversário, em 17 de outubro, é lembrado como o Dia Nacional da Música Popular Brasileira, desde a aprovação de uma lei para este fim, em maio de 2012.

Mas, na verdade, essa é a Júlia Louzada que luta para que a emancipação da classe trabalhadora seja também a emancipação das mulheres enquanto categoria social.

ANITA GARIBALDI

Anita Garibaldi foi a “Heroína dos Dois Mundos”. Recebeu esse título por ter participado de diversas batalhas no Brasil e na Itália. Lutou na Revolução Farroupilha (Guerra dos Farrapos), na Batalha dos Curitibanos e na Batalha de Gianicolo, na Itália.

Mas, na verdade, essa é a Luiza Gaillac que luta pelas mulheres que viveram oprimidas e para que as que nascerão não precisem mais lutar.

FRIDA KHALO

Frida Kahlo é uma das mais famosas artistas latinas-americanas do século XX. Comunista, afirmava que nasceu exatamente na data da revolução mexicana. Defendia o resgate à cultura indígena e latino-americana como forma de oposição ao sistema imperialista. Como a mesma disse, suas pinturas retratavam o assunto que mais conhecia, ela mesma. Quebrando parâmetros de seus tempos e desses também, Frida, mostra uma arte marcada profundamente pela dor, pela paixão, pela luta, pela deficiência física, pelos seus abortos, pela bissexualidade.

Mas, na verdade, essa é a Rafaella Dotta, jornalista, que luta para que o povo diga sua realidade e seja mais escutado.

ROSA LUXEMBURGO

Rosa Luxemburgo foi uma filósofa e economista marxista. Participou da fundação do grupo de tendência marxista do SPD, que viria a se tornar mais tarde o Partido Comunista da Alemanha (KPD). Ela foi símbolo de anticapitalismo e da luta por uma esquerda democrática e altamente conectada com as revoltas cotidianas da massa de trabalhadores e excluídos.

Mas, na verdade, essa é a Andressa Pestilli, que luta pela libertação de todos os povos.

ANGELA DAVIS

Angela Davis foi filósofa marxista e militante dos Panteras Negras, nos EUA. Depois de deixar o movimento, ela atuou no Partido Comunista dos Estados Unidos, em 1968. Angela sofreu intensa perseguição e foi posta na lista dos 10 mais procurados pelo FBI.

Mas, na verdade, essa é a Stefanny Elias, que luta por seu mulher negra e por reconhecer que é preciso lutar para ter seus direitos cumpridos. A luta é reflexo de toda sua ancestralidade.

OLGA BENÁRIO

Olga Benário foi membro do Partido Comunista alemão desde 1926, participou do V Congresso da Juventude Comunista e foi presa por três meses, acusada de atividades subversivas. Veio ao Brasil, com o objetivo de liderar uma insurreição armada que instalasse um governo revolucionário, mas foram capturados pela polícia e mesmo estando grávida, Olga foi deportada para a Alemanha para ser executada pelos nazistas, em 1942.

Mas, na verdade, essa é a Marcela Nicolas, que luta por uma sociedade mais justa, na qual as pessoas sejam de fato iguais nas oportunidades e liberdades.

ANNE FRANK

Anne Frank foi uma menina judia que morava em Amsterdã quando o exército de Hitler ocupou a cidade. Junto com mais sete pessoas, Anne resistiu para um pouco mais de 2 anos escondida até serem descobertos e enviados para campos de concentração. Depois da sua morte, ela torna-se famosa por causa dos seus relatos em um diário que escreveu quando ainda estava escondida.

Mas, na verdade, essa é a Júlia Bonifácio, que luta porque acredita na conquista de uma universidade popular.

SIMONE BEAVOUIR

Simone de Beauvoir foi a filósofa francesa, vanguardista do movimento existencialista e que escrevia sobre o feminismo, a luta feminina, as mudanças de papéis sociais estabelecidos, assim como a participação nos movimentos sociais em seus livros. Ela é a referência clássica da literatura feminista.

Mas, na verdade, essa é a essa é a Giovanna Abreu, estudante de Direito, que luta pelo fim do feminícidio.

TEREZA DE BENGUELA

Tereza de Benguela ou“Rainha Tereza”, liderou o Quilombo de Quariterê, em Guaporé, no Mato Grosso. O quilombo resistiu com aproximadamente 100 pessoas até Tereza ser capturada e morta por soldados em 1770.

Mas, na verdade, essa é Driely Marques, que luta pelo direito e representatividade da mulher negra e seu espaço na sociedade.

IARA IAVELBERG

Iara Iavelberg militou na Organização Revolucionária Marxista Política Operária (Polop), na Vanguarda Popular Revolucionária (VPR), na VAR-Palmares e, finalmente, no Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8). Ela foi uma das comandantes mais procuradas pela ditadura devido sua importância na resistência contra o golpe.

Mas, na verdade, essa é a Vithoria Ednere, que luta pelo fim do sistema patriarcal, machista, racista e preconceituoso.

EMMA GOLDMAN

Emma Goldman trabalhou como operária têxtil e se uniu ao movimento libertário, defendeu e foi instigadora de numerosas greves operárias. Emma foi a primeira revolucionária de seu tempo que assumiu a defesa dos homossexuais. Ela foi presa em 1893 na penitenciária das ilhas Blackwell.

Mas, na verdade, essa é a Amélia Gomes que luta pela autonomia sobre nosso corpo e nossa sexualidade.

NADEZHDA KRUPSKAYA

Nadezhda Krupskaya foi liderança do Partido Social-Democrata Russo. Trabalhava para erradicar o analfabetismo entre a população russa, como um dos pilares do avanço da revolução bolchevique. Foi do Comissariado da Educação e responsável disseminação das bibliotecas pela União Soviética. Depois da revolução foi presa e exilada, ela escreveu o livro “A mulher trabalhadora” sobre as condições das mulheres russas que trabalhavam nos campos e fábricas.

Mas, na verdade, essa é a Ana Júlia Guedes, que luta por leva consigo a história das mulheres que deram sua vida nas revoluções.

MARY SHELLEY

Mary Shelley nasceu em 1797, em Londres. Filha de escritores, ela também foi romancista e escreveu o livro Frankenstein depois de participar de um concurso de histórias de fantasmas durante seu período de férias. Passadas as férias, Mary completou e publicou a história do Dr. Victor Frankenstein e da monstruosa criatura por ele.

Mas, na verdade, essa na foto é a Aline Bentes, pediatra, que luta para que o trabalho das mulheres seja valorizado até hoje.

LÉLIA GONZALES

Lélia Gonzales militou em diversas organizações, como o Instituto de Pesquisas das Culturas Negras (IPCN) e o Coletivo de Mulheres Negras N’Zinga, do qual foi uma das fundadoras. Sua importante atuação em defesa da mulher negra rendeu a Lélia a indicação para membro do Conselho Nacional dos Direitos da Mulher.

Mas, na verdade, essa é a Paula Lorrane, ou simplesmente Paulinha, que luta pela emancipação das mulheres.

ASMAA MAHFOUZ

Asmaa Mahfouz publicou um vídeo na Internet pedindo às pessoas para protestar contra o “governo corrupto” de Hosni Mubarak na Praça Tahrir em 25 de janeiro de 2011. Seu chamado movimentou a juventude do Egito. Ela disse: “Eu, uma menina, estou indo para a Tahrir Square. E eu vou segurar uma bandeira. Talvez as pessoas vão aparecer alguma hora”.

Mas, na verdade, essa é a Vithoria Ednere, que luta pelo fim do sistema patriarcal, machista, racista e preconceituoso.

LUISE ZIETZ

Luise Zietz organizou a resistência das mulheres durante a greve dos trabalhadores portuários na cidade de Hamburgo, em 1896. Ela foi presidente da Associação de trabalhadores de fábricas industriais da cidade. Filiou-se ao Partido da social-democracia alemã, organizou congressos internacionais de mulheres do partido.

Mas, na verdade, essa é a Tatiana Mota, estudante de Teatro, que luta pela legalização do aborto e pelo fim da mutilação de mulheres nas salas de cirurgias plásticas.

ALEXANDRA KOLLONTAI

Alexandra Kollontai, socialista russa, defendia a luta feminista nas classes populares. Criou o primeiro Clube de Mulheres Trabalhadoras e foi a única a ocupar um cargo no primeiro escalão do governo após a Revolução de Outubro. Sob seu comando foram elaboradas as novas leis sobre os direitos da mulher, incluindo a legalização do aborto.

Mas, na verdade essa é a Letícia Proença, que luta para que nenhuma mulher seja silenciada, desrespeitada, abusada, estuprada, para que a sororidade seja um caminho.

CARMEM DA SILVA

Carmen da Silva foi uma das mais notáveis feministas brasileiras do século XX. Escritora e jornalista, ela aproximava-se do público feminino escrevendo artigos para uma revista feminina que discutia a questão da mulher, divulgava o movimento feminista brasileiro e suas principais bandeiras de luta.

Mas, na verdade, essa é a Paula Madeira, que luta por menos desigualdade social e melhor qualidade de vida para todos.

TUIRA KAYAPO

Tuira Kayapo é uma mulher guerreira do povo indígena Kayapó. Ao sentir a ameaça da construção da represa Belo Monte sobre o Rio Xingu, ela levou seu facão até o engenheiro chefe do projeto, passou a lâmina em seu rosto e disse:“A eletricidade não vai nos dar a nossa comida. Precisamos que nossos rios fluam livremente. O nosso futuro depende disso. Nós não precisamos de sua represa”.

Mas, na verdade, essa é a Larissa Lopes, médica que luta diariamente para que todas mulheres da América Latina tenham acesso à saúde.

ÍSIS DE OLIVEIRA

Ísis Dias de Oliveira foi militante da Ação Libertadora Nacional durante a ditadura.Foi presa no dia 30/01/1972 pelo DOI-CODI/RJ ,e desde então, ficou desaparecida por anos até que em 1987 seu nome apareceu em uma lista de presos políticos falecidos. Seus pais nunca tiveram respostas das autoridades militares sobre o que aconteceu com ela durante a prisão.

Mas, na verdade, essa é a Isis Medeiros, fotógrafa do projeto, que luta pela liberdade de expressão e por uma mídia honesta que de fato emancipe o povo com informação real.

MARIA CAROLINA DE JESUS

Carolina Maria de Jesus foi moradora da favela do Canindé, zona norte de São Paulo. Ela trabalhava como catadora e registrava o cotidiano da comunidade em cadernos que encontrava no lixo. Ela é considerada uma das primeiras e mais importantes escritoras negras do Brasil.

Mas, na verdade, essa é Carolina Nunes, estudante de Ciências Sociais e luta por um feminismo enegrecido e pela real emancipação do povo preto.

ZUZU ANGEL

Zuzu Angel foi estilista e valorizou a moda brasileira com as rendas cearenses, estampas de chita, cores e formas tropicais. Ela protestou contra o regime militar através de suas estampas, mas após o desaparecimento de seu filho, militante do Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), ela começou a denunciar a tortura e assassinato de jovens presos. Zuzu morreu em 1976, em um acidente de carro provocado por agentes da repressão.

Mas, na verdade, essa é a Débora de Araújo, que luta por um projeto feminista e popular.

WINNIE MANDELA

Winnie Mandela lutou contra o apartheid na África do Sul, foi duramente perseguida por sua militância e mesmo assim e foi grande responsável pelas manifestações a favor da soltura de Nelson Mandela. No fim da segregação racial ela se tornou presidente da Liga das Mulheres no Congresso Nacional Africano (CNA).

Mas, na verdade, essa é a Lorena Lemos que luta por uma educação de qualidade e pela emancipação das mulheres negras.

MEENA KESHWAR KAMAL

Meena Keshwar Kamal foi uma feminista afegã e ativista que trabalhou pelos direitos das mulheres. Fundou a Associação Revolucionária das Mulheres do Afeganistão (RAWA) em 1977, um grupo organizado para promover igualdade e educação para as mulheres. Fundou também escolas para ajudar crianças refugiadas e suas mães, oferecendo hospital e aprendizado em atividades manuais.

Mas, na verdade, essa é a Kimberly Rennó que luta pela vida das mulheres.

FICHA TÉCNICA
Fotógrafa: Isis Medeiros
Figurino: Alzira Calhau
Assistente de figurino: Kimberly Rennó
Luz: Pedro Faria
Pré-produção e idealização: Mulheres do Levante Popular da Juventude